Notícias » Usina Mauá tem índices de segurança do trabalho ótimos, segundo OIT
As obras da Usina Hidrelétrica Mauá, em fase de instalação do rio Tibagi (PR), registram até agora índices bastante positivos no que diz respeito à segurança do trabalho. Ainda que o empreendimento seja classificado como área com grau de risco 4 – o maior previsto na legislação brasileira – os baixos índices de frequência e gravidade de acidentes atestam a efetividade das ações voltadas à segurança e preservação da vida dos trabalhadores.
A empreiteira responsável pela construção civil na UHE Mauá chegou a ter 1.502 funcionários próprios e terceirizados no auge da obra e apresenta, atualmente, uma Taxa de Frequência (TF) de acidentes de 12.80, sendo que qualquer número abaixo de 20 neste quesito é considerado ótimo, segundo classificação da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Já a empresa responsável por toda a montagem eletromecânica da usina, linhas de transmissão e subestação tem uma TF ainda menor – 11.40.
Outro indicador de segurança do trabalho, a Taxa de Gravidade (TG) de ocorrências no âmbito da empreiteira está em 510, o que é bom para o padrão da OIT (que classifica como “boa” a taxa que fica entre 501 e 1000). Segundo o engenheiro de segurança da empresa, Rafael Luiz Gogola, a meta é melhorar ainda mais esse índice até o final da obra: “Como a fórmula de cálculo dessas taxas leva em consideração o número de ocorrências em relação às horas trabalhadas, acreditamos que até o final da obra nossa Taxa de Gravidade fique abaixo de 500 e passe a ser considerada muito boa”, diz.
No caso da empresa de montagem eletromecânica, a TG já está em um nível ótimo, com índice 481.43. Para o engenheiro de segurança Adriano Prestes, os resultados alcançados em Mauá são fruto de um processo permanente de conscientização: “Todas as manhãs fazemos o Diálogo Diário de Segurança com os funcionários e destacamos a obrigatoriedade do uso de equipamentos de proteção individuais e coletivos”, conta.
Outro fator positivo é que não houve em Mauá acidente fatal ou gravíssimo – aquele em que o trabalhador perde algum membro ou fica incapacitado para a atividade que desenvolve. Segundo o superintendente geral do Consórcio Energético Cruzeiro do Sul (detentor da concessão para construir e operar a Usina Mauá), Sergio Luiz Lamy, o rigor no cumprimento nas normas relativas à segurança do trabalho é prioridade no canteiro de obras: “Mantivemos uma fiscalização permanente desde o início das obras. Foram mais de 9 milhões de horas trabalhadas ao longo dos últimos quatro anos e nossa maior vitória foi chegar na reta final de instalação do empreendimento tendo preservado a vida de todos os nossos colaboradores”, afirma.
O Consórcio Energético Cruzeiro do Sul é integrado pela Copel (majoritária com 51% de participação) e pela Eletrosul – empresa do grupo Eletrobras. A Usina Hidrelétrica Mauá está sendo instalada na porção média do rio Tibagi, entre os municípios paranaenses de Telêmaco Borba e Ortigueira e deve entrar em operação comercial ainda este ano. A hidrelétrica terá potência instalada de 361 megawatts – podendo suprir a necessidade de consumo de aproximadamente 1 milhão de pessoas. O empreendimento inclui ainda uma subestação e duas linhas de transmissão de 230 kV.
